O diretor franc?s Luc Besson iniciou no parque Futuroscope uma atra??o em 4D inspirada no universo animado de seu filme 'Arthur e os Minimoys'. Foto: EFE

O diretor franc?s Luc Besson iniciou no parque Futuroscope uma atra??o em 4D inspirada no universo animado de seu filme 'Arthur e os Minimoys'
Foto: EFE

Violeta Molina Gallardo

A aventura do cinema come?ou com a clarivid?ncia - em duas dimens?es e preto e branco - dos irm?os Lumi?re. Desde ent?o, a s?tima arte trouxe ao homem a possibilidade de entrar em mundos alheios e viver emo??es desconhecidas. Mas a imers?o do espectador nas hist?rias, at? h? pouco totalmente dependente da qualidade dos roteiros e da atua??o dos int?rpretes, ganhou outras fei??es com o avan?o da tecnologia, especialmente com o aperfei?oamento das tr?s dimens?es.

O sucesso de Avatar, o filme de maior bilheteira da hist?ria com uma arrecada??o de US$ 2,7 bilh?es, constata que a f?rmula estereosc?pica tem futuro. De fato, os grandes est?dios cinematogr?ficos se lan?aram com entusiasmo ? produ??o de filmes em 3D.

Um novo universo sensorial
E essa febre por experimentar em primeira pessoa a a??o de um filme, sendo mais que um simples espectador passivo, levou algumas redes de cinemas a ressuscitar a chamada quarta dimens?o, que consiste em acrescentar ao 3D a estimula??o sensorial, al?m da vis?o e da audi??o. Assim, gra?as a alguns dispositivos especiais, o espectador pode perceber cheiros sint?ticos, sentir na pele efeitos climatol?gicos como vento, chuva e nevoeiro, ou crer que est? presente em uma explos?o como consequ?ncia de efeitos avan?ados de luz e de som. Al?m disso, a essa combina??o podem ser acrescentados assentos articulados que movimentam o espectador ao ritmo da a??o mostrada na tela.

Um adicional para aumentar a sensa??o de imers?o na hist?ria que alguns especialistas consideram parte integrante das quatro dimens?es e outros v?o al?m, afirmando que constitui a sexta dimens?o no cinema. A rede de exibi??o CJ-CGV embarcou na aventura de adaptar "Avatar ?s quatro dimens?es e mostrou o resultado de meses de trabalho em v?rias salas de cinema da Coreia do Sul - anteriormente j? tinha testado com Viagem ao Centro da Terra. Apesar do pre?o da entrada ser o triplo em rela??o ao valor do passe convencional, o sucesso foi imenso.

Um come?o t?mido
O come?o das quatro dimens?es no cinema est? sendo t?mido, em parte porque requer um grande investimento para acondicionar as salas e adaptar os efeitos aos filmes e em parte porque a ind?stria ? reticente a adotar mudan?as radicais. Tamb?m ? preciso levar em conta que a experi?ncia em 4D n?o ? do gosto de todos: a sensa??o pode ser t?o envolvente que o espectador pode chegar a sofrer enj?os, como aconteceu entre grande parte do p?blico que assistiu ? proje??o em quatro dimens?es de um document?rio sobre a vida marinha no National Sea Life Centre de Birmingham (Reino Unido).

As quatro dimens?es n?o s?o uma novidade, como n?o o era tamb?m a tecnologia estereosc?pica quando come?ou seu "boom" cinematogr?fico, s? que as melhorias no sistema est?o motivando seu ressurgimento. H? anos, espa?os interativos de parques de atra??es, zool?gicos e outros centros de lazer est?o trabalhando com elas.

Inclusive, h? exemplos de sinergias entre cinema e atra??es em 4D. O cineasta franc?s Luc Besson foi not?cia no in?cio de 2010 por ter projetado uma para o Futuroscope, o parque situado em Poitiers (Fran?a). O diretor aproveitou a estreia de seu filme de anima??o Arthur et la vengeance de Maltazard para iniciar uma atra??o em 4D, inspirada no universo animado de "Arthur e os Minimoys", que custou 6 milh?es de euros (cerca de US$ 8 milh?es).

Sem se movimentar de seu assento, mas sim nele, o participante desta atra??o se v? imerso em uma corrida fren?tica na qual se esquiva de ratos gigantes, fica preso em uma teia de aranha, ? ro?ado pela l?ngua de uma r? e impulsionado por t?neis e precip?cios.

Uma quarta dimens?o alternativa
Este desdobramento tecnol?gico n?o satisfaz a todos: seus cr?ticos e os puristas da s?timo arte alegam que estes avan?os desvirtuam a magia do cinema, que sempre deve se sustentar em um bom roteiro e uma atua??o envolvente.

A eles talvez lhes seduza mais a proposta de quatro dimens?es cunhada pela cineasta e atriz de com?dia italiana Sabina Guzzanti. Sabina filmou um document?rio cr?tico com o primeiro-ministro da It?lia, Silvio Berlusconi, no qual relacionava os esc?ndalos da classe pol?tica desse pa?s com o terremoto que sacudiu a localidade do L'Aquila, na regi?o de Abruzos em 2009.

A cineasta assegurou que o filme constitu?a um exemplo de "cinema em 4D", uma express?o na qual o D significa democracia, j? que pediu aos leitores de seu blog que escolhessem o t?tulo da obra: Draquila, L'It?lia che trema ("Draquila, a It?lia que treme") foi o eleito.

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