UOL EconomiaCompra de eletr?nicos novos est? compensando mais do que a manuten??o20/05/2011InfoMoney4@UOLEconomia #UOLSÃO PAULO – Segundo a prévia do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15), os aparelhos eletroeletrônicos e eletrodomésticos acumulam deflação de 2,86% e 1,37%, respectivamente, nos cinco primeiros meses do ano.

Os dados divulgados nesta sexta-feira (20) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ainda mostram que os preços dos consertos e manutenções desses equipamentos acumulam alta de 1,92% no mesmo período.

O coordenador dos cursos de Gestão Financeira e Ciências Contábeis da Veris Faculdades, Fabrício Antônio Pessato Ferreira, avalia que “os bens de consumo podem ser importados – a parte ou o todo deles –, enquanto para os serviços, tirando as peças de reposição, não há comércio externo. Por isso, não há opção para baixar os preços”.

“A conclusão que tiramos, principalmente para os televisores, é que está havendo mudança de padrão tecnológico. No passado, a TV de tubo foi substituída pela de plasma, depois a de plasma pela LCD e, hoje, a LCD pela LED. Assim, a tecnologia antiga fica mais em conta”, explica o também mestre em economia.

Tecnologia resistente e o consumo consciente
Para o diretor Comercial da AOC Brasil, Alberto Nairo, no passado, as pessoas tinham o costume de consertar seus aparelhos eletrônicos, mas hoje elas jogam os velhos fora. “A manutenção dos produtos eletrônicos, de um modo geral, está mais cara”, avalia.

No caso dos televisores, a tecnologia “é mais robusta em termo de falhas”. “Os produtos estão mais resistentes, porque os componentes estão mais integrados”, explica Nairo. “As TVs de tubo tinham mais componentes suscetíveis à falha”.

Segundo o diretor da AOC, existem três componentes que podem apresentar problemas nas TVs modernas: o painel, a placa mãe e a fonte. Assim, o eletrônico costuma apresentar problemas logo que a pessoa o adquire ou dificilmente falhará. “Em aeroportos, bares e restaurantes, você vê televisores com tela fina de cinco ou seis anos que nunca deram problema”, exemplifica.

Pessato Ferreira completa: “As TVs até apresentam problemas, mas como eles costumam aparecer durante o prazo de garantia, sai mais barato para a empresa trocar o televisor do cliente, ao invés de consertá-lo”.

O problema dessa troca incessante, alerta o mestre em economia, é que o País está se tornando um dos maiores produtores de lixo eletrônico.

Desejo pelo equipamento novo
O consumidor costuma adquirir um equipamento novo por conta dos preços, mas Nairo ainda lembra do desejo por tecnologias mais modernas. “No caso dos televisores, por exemplo, o que encabeça a lista de desejos do consumidor brasileiro é a tela fina, mesmo que ele não entenda a diferença de LED e LCD”, explica.

Os consumidores que têm impulsionado a venda de TVs são os pertencentes às classes B, C e D, que ainda possuem os aparelhos de tubo e querem trocá-los pela tela fina. “O consumidor brasileiro tem um comportamento que é o seguinte: se a prestação cabe no orçamento familiar, ele leva o produto novo”, caracteriza.

Outra atitude tomada pelos consumidores é de realizar o melhor investimento. “Ele busca comprar a maior tela pelo menor preço”, explica.

Queda nos preços
Segundo Nairo, a expectativa para os próximos meses é de redução do preço das televisões com telas maiores, de 40 ou 46 polegadas. “Entre elas, há uma diferença de R$ 1 mil e até mais, dependendo do caso. Como a diferença é grande, há chances de o preço reduzir”.

Nos aparelhos com tela menor, a diferença também é menor – de R$ 100 ou R$ 200 –, por isso, o valor não deve ser reduzido.

Ele ainda explica que a queda nos preços dos televisores, nos primeiros cinco meses de 2011, ocorreu porque havia muita oferta desses aparelhos. “A pressão do estoque fez com que os preços caíssem. Porém, essa é uma situação irreal”, pondera.

Na tabela abaixo, é possível conferir o IPCA-15 dos televisores e da manutenção de TVs na comparação mensal e nos acumulados de 2011 e dos últimos 12 meses:

 Item  Variação mensal  Acumulado dos cinco
meses de 2011  Acumulado 
12 meses 

IPCA-15: mensal e acumulado
Ainda de acordo com a prévia do IPCA-15, na comparação entre maio e abril deste ano, os preços de aparelhos Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos registraram deflação de 1,34% e 1,21%, respectivamente, ao passo que os consertos e manutenções encareceram 0,58%.

Já no acumulado dos últimos 12 meses, os itens de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos registraram deflações respectivas de 6,62% e 2,55%. Os Consertos e Manutenções, por sua vez, apresentaram inflação de 6,15%.

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