
M?dica Elizabeth Rafferty, de Boston nos EUA, diz que equipamento permite diagn?tico precoce do c?ncer de mama por conta da visualiza??o em 3D de mamogramas
Foto: Suzanne Kim/Divulga??o
A tecnologia est? trabalhando para diminuir a mortalidade de mulheres pelo c?ncer de mama. O uso da tecnologia 3D para detectar a doen?a poder? ser a chave para salvar muitas vidas. No Hospital Geral de Massachussets, em Boston, nos Estados Unidos, s?o usadas imagens precisas em tr?s dimens?es que, segundo os m?dicos, ajudam a detectar a doen?a mais cedo que os m?todos tradicionais de exame.
A imagem tradicional de mamografia utilizada atualmente ? nublada e com pouqu?ssimos detalhes, o que pode esconder algumas informa??es muito importantes clinicamente. J? a mamografia em 3D, ou Tomosynthesis, ? feita atrav?s de raio-x, e por enquanto ? usada somente no hospital americano, apesar de muitas pesquisas sobre a tecnologia estarem em curso nos Estados Unidos.
Na Tomosynthesis, os seios s?o comprimidos enquanto o tubo de raio-x se move em uma determinada regi?o das mamas. Depois, as imagens s?o ampliadas e com a ajuda de um ?culos especial ? poss?vel visualizar com profundidade os mamogramas. Enxergam-se detalhes m?nimos e com precis?o. O sistema ? usado desde o in?cio de mar?o no hospital.
As imagens coletadas pelo raio-x s?o exibidas em uma s?rie de exposi??es de v?rios ?ngulos. As exposi??es ? radia??o s?o uma fra??o da dose usada por uma exposi??o mamogr?fica convencional, fazendo com que a dose total de radia??o seja similar ao da t?cnica tradicional.
Usandos computadores, os dados s?o processados juntamente com um conjunto m?ltiplo de informa??es, c?lculos e imagens. Com esses dados, a imagem ? reconstru?da em 3D. Com isso, os radiologistas podem observar os m?nimos detalhes do tecido mam?rio, as mamas individualmente e analisar qualquer ?rea das mamas com profundidade.
"N?s vemos essas ?reas de uma forma din?mica e sem a sobreposi??o de tecidos que ocorrem em um mamograma 2D convencional. Facilita muito tamb?m a detec??o de tumores pelos radiologistas. Eles veem melhor o tamanho, a forma e o local preciso de uma anormalidade", disse Elizabeth Rafferty, diretora de imagens de mama do hospital e pesquisadora do assunto.
Elizabeth tamb?m revelou que as pacientes que passaram por tomadas de imagem com o Tomosynthesis tiveram um n?vel muito menor de ansiedade. "N?s podemos reduzir o n?mero de mamografias e as pacientes precisam voltar o tempo todo. Quando elas t?m de voltar para mais mamografias, elas se preocupam com os resultados em potencial de um segundo exame e tamb?m com o impacto financeiro que pode causar, j? que elas t?m que sair do trabalho para consultar", diz a m?dica.
Segundo Elizabeth, na maioria das vezes s? ? necess?rio um exame com a mamografia em 3D porque ? eliminada a necessidade de raios-x adicionais. Al?m disso, estudos dizem que a necessidade de retorno com a Tomosynthesis diminui de 38% a 70%.
A Tomosynthesis, no entanto, ? um complemento para a mamografia tradicional, j? que ela ? feita simultaneamente no mesmo dispositivo de imagem. Com a mesma compress?o para a realiza??o dos dois exames, a paciente n?o nota nenhuma diferen?a na mamografia.
Os radiologistas que analisam a mamografia em 3D devem ter treinamento cl?nico supervisionado nos Estados Unidos. Esse treinamento inclui estudo de casos e revis?o. Depois, durante a realiza??o de um exame, os radiologistas revisam cerca de 50 imagens para elaborar um diagn?stico. "As pacientes de alto risco ficam felizes porque os radiologistas t?m muita informa??o cl?nica e reportam paz de esp?rito", disse Elizabeth.
O Food and Drug Admistration (FDA), ag?ncia que regula produtos relacionados ? sa?de nos Estados Unidos, alerta que a dose de radia??o ? um pouco perigosa, mas Elizabeth diz que os n?veis est?o dentro do exigido pela ag?ncia e que os benef?cios compensam.
Apesar do alerta do FDA, a ag?ncia autorizou o uso do sistema em fevereiro deste ano. O equipamento ? fabricado pela Hologic, uma empresa de Massachussets especialista em dispositivos tecnol?gicos para a sa?de das mulheres. O sistema levou seis anos para ser desenvolvido. Ele j? est? instalado tamb?m em hospitais no M?xico e no Canad?.